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O retorno do guerreiro Maldonado

Volante faz seu primeiro coletivo após três meses e espera voltar a jogar ainda neste mês

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Ele ficou de fora da reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado, perdeu as férias e também não participou do início da temporada este ano. Mas, com a personalidade forte e o estilo lutador que sempre mostrou dentro de campo, Maldonado esperou o seu momento. Fez fisioterapia e trabalhou muito para se recuperar de uma lesão no joelho. Deu certo.

Nesta quinta-feira (04.03), o chileno fez seu primeiro coletivo depois da lesão. Mesmo ainda sentindo um pouco de incômodo, o jogador teve atuação regular e considerou muito positiva a sua volta. Ele, que já vinha treinando com o grupo há algum tempo, espera já estar à disposição em meados de março.

Em entrevista coletiva após o treino, o jogador falou também sobre o terremoto que abalou o Chile no início da semana. Confira os principais trechos da entrevista:

Primeiro coletivo - Hoje foi meu primeiro coletivo depois de três meses e alguns dias. Me senti muito bem e acho que foi muito bom para um primeiro trabalho. Agora é continuar dando sequência, fazer mais treinos com bola, coletivos, até ficar no ponto certo para voltar a jogar. Queria voltar o mais rápido possível e hoje tive uma visão do que ainda falta para retornar bem.

Previsão de retorno - Ainda não há previsão. Tudo vai depender do dia a dia e de como eu for evoluindo nos treinos. Tenho que ganhar confiança e a perna tem que ir respondendo. Tudo indica que, pelo menos, na metade desse mês já vai dar para entrar em algumas partidas. Do jeito que está indo, o jogo contra o Vasco seria uma grande chance de retornar. Mas vou esperar, dar o tempo certo para não me precipitar.

Incômodo no joelho - É normal, já que fiz um enxerto no joelho. Forçando mais, no dia a dia, acaba incomodando um pouco. E tem também o lado psicológico, que estou trabalhando bastante. Isso tudo vai melhorar com o passar do tempo. Tenho certeza de que dará tudo certo. Você vai se acostumando, ganhando a confiança no dia a dia.

Tempo sem jogar - Foi difícil ficar todo esse tempo parado, ainda mais por ser uma etapa nova no Flamengo, onde acabei me tornando importante para o clube. Perdi as férias e treinei em tempo integral. Ainda tem os dias que você fica pensando se vai melhorar, quando vai melhorar... É difícil. Começa o campeonato, você fica de fora, vê o time indo bem sem você. Isso é complicado. Mas, graças a Deus, acreditei e tenho confiança de que posso voltar ainda neste mês.

Terremoto - Consegui falar com meus irmãos na terça-feira. Está tudo está bem. Graças a Deus não aconteceu nada com ninguém na minha família. Meu pai morava mais perto, em Curicó, entre Santiago e Concepción, mas não aconteceu nada com ele. Infelizmente, muitas famílias ficaram sem casa e isso é muito triste. É uma coisa que acontece no Chile, mas não esperava ser tão forte quanto dessa vez. Vai precisar de um tempo para o país se recompor.

Saudades - Sinto saudades do Chile, da minha família, dos meus amigos, mas também já me adaptei bem ao Brasil. Tenho muitos amigos aqui e me dividi entre os dois países.

Renovação - As conversas estão adiantadas e agora é só esperar meu empresário retornar de São Paulo para marcarmos uma nova reunião. Não terá dificuldade, eu acho. Pela primeira conversa que tivemos, só sairei se for algo muito bom. Caso não tenha nada assim, pretendo ficar aqui muito tempo ainda, já que estou muito feliz.