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Samba para celebrar os 30 anos do Mundial de 1981

Assim como no passado, o ritmo carioca deu o tom da noite de festa, na Mangueira

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Há 30 anos, quando o árbitro apitou o final do Mundial Interclubes e os torcedores do Flamengo soltaram o grito de campeão, o Rio de Janeiro virou uma festa. Da Zona Norte até a Zona Sul da cidade os rubro-negros foram às ruas comemorar e o samba deu o tom da madrugada, que amanheceria, boêmia, como a Cidade Maravilhosa.

Numa das maiores concentrações de torcedores na época, na Lapa, um trio elétrico puxou uma multidão de pessoas até a sede social do Flamengo, na Gávea, cantando músicas das arquibancadas, mas, também, os sambas de enredo da época. No Japão, apesar de não terem tanto calor dos torcedores, os jogadores também escolheram o batuque como trilha sonora.

Nada poderia servir melhor como pano de fundo para uma comemoração como essa. E nesta terça-feira (13.12), numa das comemorações pelos 30 anos do título, a Estação Primeira de Mangueira abrigou torcedores, ex-jogadores campeões do mundo e dirigentes rubro-negros. A festa foi repetida, foi nostálgico, mas a empolgação foi a mesma.

"Tenho noção do que representa essa geração de jogadores e a conquista do Mundial de 1981. Achei importante fazer uma festa para comemorar. Não só para o clube, mas em que a torcida pudesse comemorar também aqui na Mangueira", contou a presidente Patricia Amorim.

Animado com o evento, Adílio, que marcou o segundo gol da partida contra o Liverpool, comentou sobre a estreita relação do samba com o futebol no Brasil.

"Tem tudo a ver. A ginga do samba se transforma em drible no campo. Olha o molejo do passista, como a ginga é parecida com os movimentos do futebol. No campo, é a mesma coisa. Sambando você cria muitos artifícios para futebol", disse o ex-jogador.

Além de Adílio, Peu, Marinho, Rondinelli, Lico e Andrade estiveram presentes no evento que emocionou a todos.