Muitas vezes o discurso de respeitar o adversário, principalmente numa final que envolve um time grande e outro com menor investimento, não é provado com atitudes. Não no Flamengo. Cientes de que terão um grande adversário pela frente no domingo (27.02), jogadores e comissão técnica não revelam nenhum detalhe que possa ser importante.

No entanto, o Rubro-negro não se tornou uma "fortaleza". Apenas alguns momentos dos treinamentos têm sido realizados de maneira reservada, sem a presença de jornalistas. Atitude muito corriqueira em todos os clubes de futebol hoje em dia.

"Não tem nada disso (fechar treino). Li na imprensa que fechei o treino, mas fechei apenas a parte que me interessava. Preciso treinar opções para o jogo. O Boavista também não deixou. Decisão é decisão e tem de preparar a equipe, deixar bem treinada. Estamos preparados para jogar a final. Temos de respeitar o adversário. O Boavista tem todo mérito, fez uma boa campanha. Se classificou na casa do Nova Iguaçu, depois venceu o Fluminense. Não pediu licença a ninguém", afirmou Luxemburgo.


Sobre os testes que está realizando no time, o treinador enalteceu a força do elenco rubro-negro. Mas sem revelar a equipe que entrará em campo no domingo.

"Você monta a equipe através do elenco. Dentro de um clássico, decisivo, não tem a obrigação de dizer o que vai fazer. Já tenho a ideia na minha cabeça, a possibilidade de uma equipe, de mudanças. Bottinelli e Negueba estão bem, são úteis e podem ser usados.

Nesta sexta-feira (25.02), no coletivo realizado no CT do clube, o treinador escalou Ronaldinho Gaúcho mais a frente, como homem de referencia do ataque rubro-negro, e explicou a opção.

"O Ronaldinho que peguei há um tempo tinha 20 anos. Mas, agora, já jogou até Copa do Mundo. Hoje tem 30 anos, é muito forte. Pode jogar de referência, mudar um pouco a posição. Ficar na esquerda é muito pouco para ele. Podemos criar outras opções", finalizou Luxa.