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Um improviso que dá resultado

Inspirado em Zé Roberto, Renato Augusto e Marcinho, Vinícius Pacheco sonha com sucesso também como segundo atacante

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Cada vez mais o futebol brasileiro tranforma meio-campistas em atacantes. No Flamengo, desde Felipe, em 2004, esta prática se tornou comum, e vem dando certo. Exemplos não faltam na história recente do clube, e Vinícius Pacheco pode ser mais para entrar para a lista, que tem Renato Augusto, Marcinho e Zé Roberto como os principais ícones. O camisa número 22 pode atuar como segundo atacante do time rubro-negro neste sábado, contra o Macaé, às 19h30, e está pronto para assumir a responsabilidade.

Há quatro anos, quando começou a brilhar no profissional, na Copa do Brasil de 2006, Vinícius também atuava desta forma. Sob o comando de Waldemar Lemos, o jogador foi promovido ao time de cima para jogar mais adiantado. Por isso, Pacheco se diz à vontade para entrar em campo desta forma.

"Estou tranquilo. Na Copa do Brasil, em 2006, já atuei assim. Por isso não vejo problema em jogar no ataque. O Love jogaria mais centralizado e eu cairia pelas pontas. Estou acostumado, já que sempre tive muita liberdade para jogar o meu futebol. Não sei como vou atuar, mas se for assim, tudo bem", disse o jogador.

O meia conta ainda com a confiança de todos na Gávea, principalmente de quem o viu crescer dentro do clube. Atual técnico da equipe de juniores do Flamengo, Armênio Moura trabalhou com Vinícius Pacheco e sabe que ele pode desenvolver essa função.

"O Vinícius é um jogador rápido, de muita habilidade. Ele dribla fácil e é ambidestro. Trabalhei com ele na base e fico muito feliz em ver o seu sucesso. Acredito que ele ainda possa render muito no Flamengo. Ele voltou mais maduro dos empréstimos e está se firmando cada vez mais", observou Armênio.

Inspiração - Motivações para o sucesso de Vinícius não faltam. Em 2004, Felipe, que já havia jogado na lateral esquerda e no meio-de-campo foi lançado para o ataque. Na época, o treinador Abel Braga resolveu apostar na habilidade do jogador e deu certo. Ao lado de Jean na linha de frente, Felipe foi uma das estrelas da conquista do estadual naquele ano.

Dois anos depois foi a vez de Renato Augusto, meio campista de origem, se aventurar no ataque. Sob o comando de Ney Franco, o jogador cumpria a função. Ele conquistou a Copa do Brasil e chegou a jogar ao lado de Obina, Luizão e até mesmo Fellype Gabriel, outra improvisação. No ano seguinte, a promessa rubro-negra atuou ao lado de Souza e conquistou o que viria a ser o primeira título do último tricampeonato.

O último que saiu do meio-de-campo para brilhar no ataque do Flamengo foi Zé Roberto. Peça importantíssima na conquista do hexacampeonato, em 2009, o jogador deixou sua marca entre os artilheiros do time: marcou 10 gols e deu 11 assitências na temporada. Um dos tentos mais importantes foi pelo Campeonato Brasileiro, contra o Corinthians.

"Quando cheguei no Flamengo, queria jogar na minha posição de origem que era o meio-campo. No entanto, por necessidade do treinador, fui utilizado muitas vezes no ataque. Comecei bem, fazendo gols, mas depois não consegui manter o rendimento, já que ficava muito na frente. Mas com a chegada do Adriano, um jogador mais de área, tive liberdade para me movimentar. Isso se refletiu nos resultados da equipe, que chegou ao título brasileiro jogando com muita velocidade", recordou Zé Roberto.

Vagner Love – Caso jogue avançado, Pacheco terá ao seu lado o Artilheiro do Amor, Vagner Love. Goleador do Flamengo no ano, com seis gols, Love está há dois jogos sem marcar. Nada que abale a confiança dos companheiros em seu futebol.

"O Love é um jogador inteligente, rápido, que tem muita técnica. Apesar de ser centroavante, ele também cai bem pelas pontas e se movimenta bastante. Meu entrosamento com ele é muito bom. Tenho certeza de que vai ser fácil jogar com ele no ataque, caso eu seja adiantado. Vou fazer de tudo para ajudá-lo a marcar mais gols", finalizou Pacheco.