Uma aula do "futebol-arte" com Luxa e Zico
Treinador e maior ídolo do Flamengo se juntam a Dorival Junior em palestra sobre qualidade do brasileiro
Por Da equipe do site oficial - emTendo o Barcelona, considerado por diversos especialistas o melhor time do mundo na atualidade, como exemplo, o futebol-arte foi o principal tema abordado no início da noite desta terça-feira (07.12) nas palestras do VII Footecon, em Copacabana. Carlos Alberto Parreira, fundador do evento, fez uma análise sobre a equipe catalã e, depois, o jornalista André Rizek comandou uma mesa redonda com Zico, Dorival Junior e Vanderlei Luxemburgo.
Um dos adeptos de um estilo de jogo ofensivo, que ele vem tentando implantar no Flamengo, Luxa explicou que o futebol é ocupação de espaços e que não é difícil fazer com que um meia talentoso marque. Segundo ele, aproveitar a qualidade de times como o Barcelona atual, o Santos do primeiro semestre, a Seleção Brasileira de 1970 e o Flamengo de 1981, é fundamental.
"Hoje se tem uma dificuldade para criar uma equipe com essa característica. Um meia, por exemplo, sem ser o Ganso no futebol brasileiro de hoje, é complicado de se ver. É mais fácil fazer o jogador de talento marcar do que o brucutu jogar bola. Eu prefiro fazer que o talentoso aprenda a defender. A Copa de 1970 é uma referência para mim. Aquela dinâmica é o ideal para o futebol, assim como a do Flamengo campeão mundial de 1981", disse o treinador, ciente que realizar um projeto a longo prazo no Brasil, no entanto, é complicado.
"Aqui, no Brasil, dificilmente o treinador consegue dar sequência a um trabalho. Eu já senti essas dificuldades, mesmo tendo prestígio. É importante formar jogadores, tornar os meninos profissionais e trazer profissionais experientes. Um time de futebol com talento está sempre muito próximo de dar uma boa exibição. É preciso ter atenção à base, que é de onde saem esses jogadores talentosos, até porque é difícil contratar grandes jogadores hoje em dia", explicou.
Zico, um dos maiores talentos da história do futebol brasileiro e mundial, além de grande ídolo da história do Flamengo, também falou sobre o assunto e lembrou da derrota para a Itália na Copa do Mundo de 1982 como um marco que foi fundamental para o "fim" do futebol-arte.
"A derrota da seleção de 1982 foi um marco. A Itália, com um grande time, venceu aquele jogo atuando com um time de marcação, contra o nosso futebol arte. Prestamos um péssimo serviço ao futebol com aquela derrota (risos). O estilo deles se saiu melhor e a partir dali todo mundo achou que esse era o jeito de conquistar os resultados", observou.
O Footecon continua na quarta-feira (08.12), com mais um grande ciclo de palestras no Hotel Copacabana Palace. Ainda nesta terça (07.12), haverá palestras com o técnico da seleção brasileira sub-20, Ney Franco, além do fisiologista Paulo Figueiredo e do psicológo Paulo Ribeiro, do Flamengo.
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