Na manhã desta terça-feira (4), foi realizado na Gávea o evento de Lançamento Oficial das Comemorações de 130 anos do Clube de Regatas do Flamengo. O imortal da Academia Brasileira de Letras Ruy Castro foi o convidado especial e não só lembrou momentos da história rubro-negra, como revelou sua irrestrita paixão pelo clube. 

A Diretora de Comunicação e Marca Flávia da Justa apresentou a programação que começou com o lançamento da camisa Pherusa, no último dia 28, lançou hoje o Manifesto da Campanha A Magnética Forma de Ser e termina no dia 20 desse mês com o lançamento da Linha Diamantes Negros. O dia 15, data do aniversário, terá dois grandes momentos: a inauguração da intervenção artística no muro da Gávea e a estreia da webserie Ser Flamengo na FlamengoTV.

Ruy Castro é escritor há 35 anos, jornalista há 58 e Flamengo há mais de 70. Autor de cerca de 50 livros, já ganhou um Prêmio Esso de Literatura, o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras e oito prêmios Jabuti, mas o título de que realmente se orgulha é o de Sócio-Honorário do Flamengo.

O escritor arrancou risos da plateia ao conversar com Desirre Santos, gerente de Patrimônio Histórico do Flamengo, e lembrar o primeiro jogo que viu no Maracanã, aos 10 anos. “Era um Flamengo x Botafogo pelo segundo turno do Campeonato Carioca de 1958. Sentei atrás do gol e vi Garrincha driblar Jordan, Jadir e Pavão, só sobrava eu para defender. Sempre me cobrei por não ter feito nada. Saí derrotado, mas não abalou em nada minha paixão rubro-negra”, contou Ruy. 

Foi ele quem primeiro chamou a Nação de “Maior Torcida do Mundo” e indagado sobre seu jogo preferido, não hesitou e citou a vitória em cima do Vasco, no Carioca de 1978. Segundo Ruy, o Maracanã inteiro sabia que Rondinelli faria o gol antológico de cabeça que sacramentaria o apelido “Deus da Raça”.

O escritor valorizou as conquistas de outros títulos Estaduais, como os tricampeonatos de 1942/43/45 e 1953/54/55 e deu uma aula de história. No encerramento Ruy lembrou a maior loucura que fez pelo Flamengo. Era o jogo de ida da Libertadores de 1984, o jogo era Flamengo x Grêmio, disputado no Pacaembu. Como não havia mais ingressos disponíveis, Ruy e um amigo pularam um muro de três metros.  “Senti que era minha obrigação, afinal, tinha que ver o Flamengo”, finalizou.