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Museu Flamengo recebe o 1º Encontro Literário Rubro-Negro

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Histórias rubro-negras em livros e no museu. Combinação perfeita. Escritores flamenguistas se encontraram no Museu Flamengo, na sede da Gávea, no 1º Encontro Literário Rubro-Negro. O evento, organizado em conjunto pela Vice-Presidência de Patrimônio Histórico e pela Vice-Presidência de Embaixadas e Consulados, foi uma sugestão de Luiz Hélio, conhecido como Hélio Poeta, da Embaixada Fla-Juazeiro/BA, e ocorreu na última sexta-feira, 24 de novembro.

 

"Com relação a este 1º Encontro Literário, o que deu pra perceber durante o evento foi o seguinte: o fato de a gente realizar ele dentro do Museu Flamengo, com este cenário realista, não era um cenário montado para o evento, fez uma atmosfera bem propícia para as pessoas debaterem. Então, com o cenário ali, tudo trazia à nossa mente as glórias do Flamengo, conquistas e tudo mais. Os escritores ficaram muito entusiasmados", disse Luís Fernando Fadigas de Almeida, Vice-Presidente de Patrimônio Histórico.


O evento começou com uma feira de livros na entrada principal do Clube. Diversos autores puderam expor e vender suas obras para o grande número de amantes da literatura rubro-negra que estiveram presentes na Gávea. Teve até livro lançado no Encontro: “Os Flarofeiros”, de Rinaldo Raposo Ribeiro.


Maurício Neves de Jesus, Sérgio Du Bocage, Carol Malachine, Arthur Muhlenberg e Marcelo Abinader.


Após a feira, os presentes se dirigiram para o interior do Museu Flamengo, onde foi realizado um divertido debate, cheio de histórias e causos interessantes. A mesa foi mediada pelo jornalista Sergio du Bocage e contou com a participação dos escritores Arthur Muhlenberg, Marcelo Abinader, Carol Malachine e Maurício Neves de Jesus.  Também prestigiaram o evento o Grande-Benemérito Walter Oaquim e o ex-presidente Luiz Augusto Veloso.


O Grande-Benemérito Walter Oaquim


Cada participante falou um pouco da sua obra, de como veem a literatura rubro-negra e até mesmo sobre futuros projetos. Afinal, ainda há muita história a ser escrita e ela poderá ser contada todo ano no Museu Flamengo, pois o Encontro Literário Rubro-Negro vai fazer parte do calendário anual de atividades do Clube. A notícia foi dada pelos vice-presidentes Luís Fernando Fadigas de Almeida (Patrimônio Histórico) e Maurício Gomes de Mattos (Embaixadas e Consulados).


"Foi uma experiência marcante que mostra a importância da literatura, dos autores rubro-negros interagindo com os sócios, com os torcedores. Vamos repetir todos os anos. Foi uma experiência muito significativa para nós. Cultura é um lema que nós temos que empenhar e difundir e colocar na nossa sociedade. O Flamengo está aberto sempre para isso. Tem a premissa de ser um clube extremamente popular, mas também buscando sua integração com sua parte cultural e esta parte literária é uma parte muito significativa para nós. O Flamengo uma vez por ano vai fazer este encontro literário. Foi um sucesso e foi no Museu Flamengo", contou Maurício Gomes de Mattos.


Confira o que participantes acharam do 1⁰ Encontro Literário Rubro-Negro:


"É uma emoção muito grande, sem palavras para expressar tamanha gratidão pelo clube que eu aprendi a amar desde criança. Eu acho que eu já nasci rubro-negro. Esta é a grande verdade, papei do céu me deu a missão de falar desde clube maravilhoso assim que eu ficasse jovem, pois poeta eu sempre fui, escritor também. Na última sexta-feira, eu acabei materializando este sonho, que era escrever sobre o Clube de Regatas do Flamengo. O livro "Os Flarofeiros" simboliza todo o sentimento da torcida por este clube gigante que é o Flamengo. Eu me sinto muito honrado de estar à frente deste projeto que vai caminhar para um seriado, inclusive na Netflix. Eu ainda estou assimilando este golpe positivo que é ter lançado aí na Gávea. Não queira você pensar que a emoção é pequena não, é muito grande mesmo. Então, pra mim foi uma alegria gigantes, sem tamanho poder lançar este trabalho aí no clube que eu tanto amo."

Rinaldo Raposo Ribeiro, que lançou o livro “Os Flarofeiros”, no 1⁰ Encontro Literário Rubro-Negro.


"A iniciativa do Flamengo é louvável e premia aqueles que fizeram do amor pelo clube uma contribuição para a cultura, não só esportiva como de vários outros segmentos. Além disso, certamente vai incentivar outros rubro-negros a se mobilizarem nesse caminho. Para mim, foi uma honra fazer parte desse momento inédito na história do clube, mais ainda dentro do Museu Flamengo, e poder contribuir para que novas atividades culturais sejam promovidas pelo Mais Querido.  Saímos do evento com várias propostas para o clube e com a expectativa de que os próximos Encontros sejam maiores e mais abrangentes, comprovando a diversidade que sempre fez do Flamengo um clube diferenciado dos demais."

Sérgio du Bocage, jornalista e mediador do debate.


"O 1º Encontro Literário Rubro-Negro foi um sucesso absoluto. Achei muito importante a iniciativa. O Flamengo promover um encontro das gentes é algo que está na história dele também. E isso foi muito bacana. E não foi apenas entre os escritores, mas entre leitores, gente que se seguia em redes sociais há anos e nunca tinha se encontrado presencialmente. Este tipo de coisas que o Flamengo proporciona é único. Isso foi uma parte muito legal. A outra, que bateu muito forte em mim, foi o orgulho de ver como o Flamengo tem se organizado nesta parte da preservação do material histórico, da sua história, do museu que é um show, o departamento do Patrimônio Histórico está bem reforçado, vem com boas ideias e surgiu uma ideia maravilhosa durante a mesa da criação de uma biblioteca do Flamengo. Eu acho fundamental, há muito tempo que eu tenho pensado nisto e foi muito bom ter ouvido isso de fontes oficial que tem sido planejado, pensado e desejado, que seja. O encontro em si falando de livros foi muito bacana, a gente viu como é diverso este universo rubro-negro de autores, tem autores de todos os tipos. Tem gente que vai para a crônica, outros para a pesquisa, outros para a coisa mais técnica, outros para a memória, para a história. Foi muito legal ver tantas obras juntas e encontrar rubro-negros interessados."

Arthur Muhlenberg, autor de diversos livros sobre o Flamengo, entre eles "Hexagerado, o título mais esperado dos últimos 17 anos"; "Heptacular, o ano mágico rubro-negro" e "Libertador: a reconquista Rubro-negra da América".


"Eu me senti extremamente honrado, foi um evento espetacular. Três motivos básicos me deram muita alegria de ter participado do evento. Primeiro, o fato de estar dentro do Clube de Regatas do Flamengo, qualquer evento dentro do clube do coração da gente é muito fantástico, principalmente quando se trata de um Flamengo e saber que o Flamengo valoriza as pessoas que fazem um trabalho por ele é muito bacana. Segundo, por estar ali junto com outros escritores, que já eram escritores antes de eu fazer o meu primeiro livro, outros novos escritores estão começado a carreira e todos eles são meus colegas. E o terceiro, por ser dentro do Museu que é um lugar espetacular, que eu já tive algumas vezes, e que pretendo voltar um dia sozinho para ficar muito tempo, para ver cada atração, curtir lentamente. Então por estes três motivos, eu achei muito muito muito especial."

Marcelo Abinader, autor do livro “Uma viagem para 1912 - surge o futebol do Flamengo”.


"É muito importante como um clube tão gigante quanto o Flamengo tenha eventos que promovam a cultura dentro do próprio clube. E este primeiro evento literário foi uma troca fantástica entre diversos autores e para que as pessoas também possam conhecer a literatura rubro-negra, a história do Flamengo contada por meio de diversas perspectivas pois cada um conta a história do seu próprio Flamengo. Enquanto autora, foi muito bacana participar deste evento, conhecer outros escritores, outros Flamengos e foi uma experiência muito fantástica."

Carol Malanchine, autora do livro Manto Sagrado.


"Este evento se define com uma palavra: histórico. Por ter sido o primeiro, pelo ambiente onde ele ocorreu. Nós fizemos um encontro de escritores rubro-negros dentro do Museu Flamengo, isso tem uma simbologia muito forte. Mas mais do que simbólico, demonstra um novo momento do Flamengo em relação à sua história, ao cuidado com sua história. Tenho certeza que foi só o primeiro pela repercussão, teremos outros e que ele aponte novos e melhores caminhos de como a gente contar a história do clube."

Maurício Neves de Jesus, escritor de diversos livros sobre o Flamengo entre eles “Me arrebata: Epopeias rubro-negras”, “Maestro” e “1981, o primeiro ano do resto das nossas vidas”