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Rodrigo Dunshee concede entrevista à FlaTV

Vice-presidente Geral e Jurídico fala sobre temas institucionais e desafios durante pandemia

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Mais uma semana começando e as entrevistas na FlaTV continuam acontecendo. Nesta segunda-feira (27), foi a vez de Rodrigo Dunshee, vice-presidente Geral e Jurídico, falar sobre temas importantes para Nação. Confira abaixo!

História no Flamengo

"Eu comecei a frequentar o Flamengo muito cedo. Meu pai era presidente. Fiz muitos amigos. Em 1992, resolvi participar ativamente da vida do clube. Fui eleito vice-presidente do Conselho Deliberativo. Estamos falando aí de quase de 30 anos. Eu era muito jovem, advogado e comecei a trabalhar. Cheguei a presidir algumas sessões e foi ali meu início. Me reelegi. Depois fui membro de comissões jurídicas, estatuto. Em 1998, fui eleito vice-presidente geral do clube. Em três meses de gestão, acabei rompendo com o Edmundo. Depois ele se reelegeu com Júlio Lopes e tomou o impeachment. Achei uma decepção muito grande. As pessoas usam o Flamengo, enganam. Foi um momento triste. Eu fui um opositor ferrenho dessa pessoa em situações que eu entendia que não eram cabíveis. Em 2012, eu participei desse momento. Respeito muito o Landim, tem uma inteligência, uma tenacidade. Estou aprendendo muito. Acredito que ele também aprende comigo. Ele era meu cliente no escritório, tínhamos uma boa relação. Fui eleito vice-presidente do Conselho Deliberativo em 2012 e o presidente era o Delair. Quando ele saiu, eu assumi a presidência do Conselho Deliberativo, fiz uma boa gestão e fui eleito presidente. Quando o Landim disse que queria ser candidato, eu disse que contra ele eu não saia. Eu ia ganhar mais sendo vice dele do que qualquer coisa. Como sou muito experiente, trouxe pra ele um conhecimento de detalhes de Flamengo que ele não tinha. Embora um cara altamente preparado e diferenciado, foi muito importante essa união. Temos tido grandes conquistas e ficamos felizes com tudo conquistamos".

Pandemia do coronavírus

"Nesse momento, não consigo vislumbrar mudanças definitivas no nosso planeta, no nosso país. Não sabemos quanto tempo vai durar a pandemia, não sabemos se vai ter vacina. As pessoas deverão tomar mais cuidado, com mais home office. Tomar mais cuidado com a higiene. Tenho esperança que essas questões sejam provisórias e tudo se resolva. Temos uma tecnologia muito avançada aqui e em outros países. Podem vir vacinas e remédios. Espero que não provoquem mudanças severas do planeta no ponto de vista econômico. Se trouxer mudanças, que sejam melhorias humanas"

Impacto no clube

"O impacto nos contratos e nas  relações comerciais é inevitável e está acontecendo.  As pessoas não sabem quanto tempo vai durar a pandemia. Quase 90% das pessoas estão sofrendo restrições. Algumas áreas estão funcionando, como mercado, televisão. Quem tem dinheiro está preservando o seu caixa, para pagar seus compromissos inevitáveis, como os salários dos funcionários, contas básicas. As pessoas estão se esforçando para preservar o caixa. Isso desenvolve um efeito dominó. Os funcionários fazem o mesmo, tentam segurar. Tem muita situação que já aconteceu de não pagamento,  e coisas menores. O  que a legislação diz: em casos de força maior, você pode afastar os efeitos da mora. O que é isso? Vencimento antecipado. Multa, juros de mora... esses são os efeitos. Numa situação dessa, você afasta os efeitos da mora. Mas isso não afasta a obrigação de pagar. Mas  tem gente usando a força maior para tentar não cumprir as suas obrigações, como foi o caso de um patrocinador do Flamengo, que cancelou o contrato nosso, com Fluminense, Vasco... não tinha essas atividades do futebol vão voltar e todas as pessoas que alegarem essa questão provavelmente terão problemas. 

Volta do futebol

"Certamente nós vamos voltar. Estamos chegando perto desse momento, que todos aguardam. Estamos tomando tomas as medidas de segurança para preservar os atletas. Brevemente, vamos retomar os treinos, jogos com portões fechados e jogos com torcida".

Questões financeiras com a crise

"Todo mundo tem que ter uma dose de colaboração, inclusive os funcionários. Quem ganha menos sofre mais. O Landim não vai deixar de considerar isso.

Tragédia no Ninho do Urubu

"O clube fez uma proposta adequada para a situação. O Flamengo não tem economia. O Flamengo gasta muito. O lucro dos clubes são os títulos. Fizemos uma proposta acima das demais tragédias. Podemos dar a correção monetária, mas o valor base deve ser igual para todas as famílias. Não é justo com a família que acreditou no Flamengo. Queremos resolver a questão financeira. Entendemos que o valor que demos para três famílias não pode ser menor do que as demais. Não seria justo com a família que já fez acordo, que acreditou no Fla. Acho que as famílias que não fizeram o acordo estão perdendo uma oportunidade".

Declarações do ex-presidente Bandeira de Mello

"A gente nota que a autoridade o deixou em uma situação delicada. Não jogamos culpa sobre ele. Ele talvez tenha interesses pessoais como candidato. Nos jogou uma responsabilidade que não existe. Foi oportunista".